Memórias, emoções, tesões e alguns delírios [2]
(Tempos vários: os bons tempos, contratempos, cada coisa a seu tempo
e até mesmo algumas estranhamente intemporais) [2]
A amizade - a verdadeira amizade - talvez seja a mais pura forma de amar.
Acontece de maneira espontânea, muitas vezes involuntária mesmo; não depende de genética, etnia ou gênero; é inteiramente desapegada, não toma posses nem tempo; se mantém sem esforço ou dedicação maior, o próprio fato de existir a alimenta; e o principal, independe de presença física, ocorre num nível afetivo íntimo e pessoal, onde as vicissitudes e percalços da vida, bem como as realizações e alegrias, vão buscá-la para trazê-la à mente e ao coração. Piegas? Pode ser... mas para quem foi vitaminado com tantos e tão grandes amigos e amigas como eu fui, não importa muito o que possa parecer, é muito mais relevante agradecer e registrar.
Entretanto, o que dizer daqueles que nos marcaram, marcam ainda, em períodos de tempo impermanentes? Companheiros de viagem, colegas de escola, paixões fulminantes, amigos virtuais, pessoas que nunca veremos novamente, se é que as vimos, pois há também os personagens (verdadeiros ou fictícios) que em nós entranharam por obra e graça de autores geniais, e que carregamos no peito, cheios de carinho, relembranças e saudades. Esses, aqueles, todos, nos compõem o universo íntimo como fossem uma população ativa e consciente de nossos atos, nossos desejos, nossos sonhos, nossas verdades. Quando e onde quer que estejam, meu abraço abrangente a todos os meus afetos.
"Por eles eu vivi, por eles eu sobrevivi.
Sem alguns deles eu não estaria aqui".
Rainhas do Deserto: Ali e eu num momento meigo...
Sem alguns deles eu não estaria aqui".
Amigos de uma vida inteira: Babi e Paulete, falecidas em 2010, no primeiro plano. Atrás, Deco, Cleide, Cris e eu. Um dos inesquecíveis jantares na casa de Babi e Ali, que estava ali, tirando a foto. |
Rainhas do Deserto: Ali e eu num momento meigo...
Outro jantar memorável, este bem mais antigo, na casa de
Ali e Babi (a direita) na Rua Sta. Rita, em 1978.
Deco, Ammis e eu completamos os talheres.
Paulete, nos idos de 1973, navegando para nosso venturoso acampamento na Ilha Grande.
Abaixo, Deco e Marilú, na mesma barca, a caminho do mesmo aventuroso acampamento.
Voltando a 1970, casa do Stefan e Norma (pais da Babi), lareira acesa como
as paixões daquele tempo, todos espalhados pelo chão, cada um curtindo
seu próprio amor vivente ou a fossa do amor perdido...
Minhas duas amigas, numa pose matinal em Ilhabela
Stefan, um dos melhores seres humanos que jamais conhecí. |
Denis: difícil vai ser lembrar em qual aniversário foi feita a foto. |
Lúcia Tucker, na varanda da sua casa, esperando o churrasqueiro terminar de assar o lombinho. |
Malise, gloriosa em todo o esplendor da cachoeira, a caminho de Salvador em 1971.
Turma da Psicologia de Mogí das Cruzes em 1970.
Ao centro, a Betona, amiga de quatro ou mais costados,
a quem nunca saberei retribuir todo o cuidado, afeto
e carinho durante todos esses anos.
Abaixo a Turma de Mogí em 2010:
Abel (membro honorário), Vola, Bel, Betona,
Matilde e Regina. Atrás: Neusa, Ana e Marilú.
Aqui, o espaço para a Cláudia, a Claudiona, como a chamávamos.
Faleceu em 2000, muito cedo. Nos conhecemos quando tínhamos cerca de 13 ou 14
anos, nos bailinhos; voltamos a nos encontrar em Mogí, na faculdade; ainda que
tomando rumos bastante diversos, mantivemos sempre o imenso bem querer,
o carinho dedicado e o entendimento natural que os amigos tem, mesmo
quando não se encontram com frequência.
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Espaço para a Sandrinha e Popoto.
Sei que minha amiga tem em seu álbum
a imagem que cabe direitinho aqui.
a imagem que cabe direitinho aqui.
Luiz Fernando, meu falecido primo,
um amigo generoso por toda a vida
e um ser humano excepcional.
e um ser humano excepcional.
Ana Maria, prima também falecida, (na foto com a Cláudia,
sua filha, ainda pequena) e que, ao longo dos anos,
se transformou em amiga, confidente e orientadora.
A foto é ruim, mas os amigos são bons (foto de 1977).
João Lino e Laerte, descobertos na publicidade, se
transformaram em parceiros profissionais e pessoais.
Um paradoxo, está claro, mas Daniel Defoe criou
o personagem que mais me encantou na juventude:
o solitário Robinson Crusoe.
16/04/2011
Um presente muito especial de um pessoa muito especial.
Uma nova amiga que chegou para se somar aos meus tantos afetos: Sonia.
Obrigado, querida.
Virei Cacique.
Só por causa
de uma certa
Mulher Branca.
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desenhou e escreveu. Adicione: aluiziocasali.blogspot.com
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2 comentários:
Amore
Como a tua lucidez te trouxe asas pra voar... sem ela, você não estaria aqui, escrivinhando, revivendo, se lembrando, se esquecendo..... como ela é importante e fundamental... e você acreditava que era incapaz de ser o que tem se mostrado aqui lúcido e... (as reticências falam o que você sabe que eu querira dizer). não canso de ler, de passear pelas páginas da tua memória, de ver o quanto da tua plenitude estava perdida em meio ao caos.... só posso agradecer por você ser exatamente quem é, assim, pleno de si.
se descortinando...tão lindo...
e tão gostosamente safado,rsrsrs...
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